Saiba como os exames por imagem atuam no diagnóstico da osteoporose.

 

Apesar de ser um fenômeno fisiológico relacionado com a idade, a diminuição da densidade mineral óssea (BMD) é a base para o desenvolvimento da osteoporose, doença óssea metabólica mais comum do paciente adulto.

Leia esse conteúdo para saber mais sobre essa doença e como ela pode ser diagnosticada. 

 

Definições para Osteoporose

A Organização Mundial de Saúde, baseada na relação entre a massa óssea e a densidade mineral óssea, estabeleceu as definições para a osteoporose de acordo com a medida do BMD. A densidade mineral óssea expressa em termos de T-score é o número de desvios padrão em relação à média de BMD em uma mulher adulta jovem.

  • Normal: BMD até l desvio-padrão abaixo do T-score em um adulto jovem;
  • Osteopenia: BMD entre l e 2,5 desvios-padrão abaixo do T-score de um adulto jovem;
  • Osteoporose: BMD de 2,5 ou mais desvios-padrão abaixo;
  • Osteoporose grave: BMD igual ou abaixo de 2,5 desvios-padrão abaixo do adulto jovem, na presença de uma ou mais fraturas por insuficiência.

 

Além do T-score, há também o Z-score, que representa o número de desvio-padrão de mensuração para a BMD média para cada faixa etária.

Apesar de apresentarem substratos fisiopatológicos diferentes, a osteoporose pós-menopausa ou tipo I e a osteoporose senil ou tipo II apresentam muitas características clínicas, anatómicas e de imagem semelhantes.


Osteoporose tipo I

A osteoporose tipo I decorre principalmente da deficiência de estrogênio na mulher após a menopausa com faixa etária de 50 a 65 anos, levando à aceleração da reabsorção da esponjosa óssea, e apresenta uma diminuição muito maior do osso esponjoso em relação ao cortical. Os locais de fratura nesse tipo de osteoporose involutiva são o terço distal do rádio e a coluna vertebral.

 

Osteoporose senil ou  tipo II

Já a osteoporose senil ou tipo II apresentaria etiologia multifatorial, incluindo, entre outras alterações hormonais típicas da idade avançada, o aumento dos níveis de paratormônio, diminuição da função das adrenais e deficiência primária de vitamina D e seus metabólitos. Enquanto a tipo I é doença da mulher, a tipo II acomete tanto mulheres como homens, na proporção de 2 para l, e a faixa etária é acima de 70 anos. A reabsorção óssea faz-se uniformemente, tanto no córtex quanto na esponjosa, e os locais comuns de fratura, além da coluna e terço distal do rádio, são o colo do fémur, úmero proximal, tíbia e bacia, incluindo o sacro. Alguns autores acreditam que não existe uma diferenciação significativa entre ambos os tipos e que a diminuição do nível de estrogênio seria o fator fundamental nas duas formas.

Independentemente da etiologia e da localização, a perda óssea na osteoporose determinará aumento na fragilidade óssea, com consequente aumento na suscetibilidade a fraturas. Estas últimas são, muitas vezes, causadas por estresses fisiológicos ou pequenos traumatismos em um osso com resistência diminuída. A prevalência de fraturas está diretamente relacionada com redução da densidade óssea, sendo os principais fatores de risco: idade avançada, sexo feminino, raça asiática ou caucásica, história familiar, intolerância à lactose, deficiência de estrógeno, cálcio ou vitamina D, baixa exposição solar, índice de massa corpóreo baixo, sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, tratamento com corticosteroides e malignidades.

 

Achados Clínicos e Laboratoriais em casos de Osteoporose


Por ser comumente assintomática, a osteoporose involutiva geralmente só é diagnosticada após um episódio de fratura ou quando especificamente pesquisada em estudos de imagem. Quando sintomática, está relacionada com sua principal complicação, que são as fraturas que acometem, preferencialmente, a coluna toracolombar e o colo do fémur. A sintomatologia é, normalmente, dor, mas raramente pode determinar síndromes de compressão da medula espinhal e de raízes nervosas.

O diagnóstico da osteoporose deve-se basear nos dados clínicos e de imagem e no reconhecimento dos fatores de risco. A avaliação laboratorial da osteoporose relacionada com a idade é feita muito mais para se afastar causas secundárias e deve incluir dosagem bioquímica sérica de cálcio, fósforo, albumina, fosfatase alcalina, TSH, 25-hidroxivitamina D, paratormônio, homocisteína e testosterona total (homens).

 

Métodos de diagnóstico para osteoporose e achados de imagem


Atualmente, os métodos de imagem são usados tanto para o diagnóstico e estudo das complicações da osteoporose quanto para a quantificação da diminuição da massa óssea. Embora a densitometria seja o exame mais preciso para a avaliação do BMD, a radiologia convencional permanece como o método mais utilizado no diagnóstico por imagem da osteoporose, a despeito de sua baixa sensibilidade para detecção precoce das alterações do osso esponjoso. Na avaliação das complicações, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética são superiores à radiologia convencional.

A densitometria óssea com dupla emissão com fonte de raios X (DEXA) é o padrão-ouro para o diagnóstico das alterações da massa óssea, permitindo o estabelecimento do risco de fratura e monitorização da resposta ao tratamento.

A densitometria por DEXA pode avaliar a coluna lombar (PA e perfil), o fémur proximal, do antebraço e o corpo inteiro com sua composição corporal.

O exame fornece o valor absoluto da densidade mineral óssea (BMD) da área estudada em mg/cm2. Este valor é comparado com a densidade óssea normal, que é definida como a média de BMD de mulheres caucasianas na pré-menopausa.

A dose de radiação do método para o operador e o paciente é muito baixa, aproximando-se dos níveis da radiação ambiental.

 

Diagnóstico diferencial

O diagnóstico diferencial da osteoporose involutiva se faz principalmente com a fase inicial do mieloma múltiplo, antes do aparecimento de lesões destrutivas do osso. Outras condições que levam à diminuição da massa óssea, como a osteomalácia e o hiperparatiroidismo, também devem ser consideradas no diferencial. É importante fazer o diagnóstico diferencial entre fraturas osteoporóticas e neoplásicas.

 

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Conteúdo criado com base na seguinte referência:

  1. Livro Série CBR – Musculoesquelético, Muller, 1a edição, 2014.

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