Câncer de Mama Jovem

Saiba mais sobre o Câncer de Mama Jovem - quando a doença acomete mulheres com menos de 40 anos.

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil, com uma estimativa de 73.610 novos casos em 2023. Ou seja, cerca de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

A doença é mais frequente em mulheres acima de 50 anos, mas pode ocorrer em mulheres de qualquer idade. Por isso, neste Outubro Rosa, reforçamos este tema que não é tão comum, mas precisa ter a devida atenção: o Câncer de Mama Jovem.

O Câncer de Mama Jovem é consideravelmente raro e representa cerca de 5% dos casos da doença no Brasil. No entanto, é importante estar atenta aos sintomas, pois o diagnóstico precoce pode aumentar as chances de cura.

Acompanhe a leitura no Blog da Aura Diagnósticos e entenda mais sobre o Câncer de Mama Jovem.

Câncer de Mama no Brasil

A mortalidade por câncer de mama ocupa a primeira posição entre as mulheres no Brasil. Em 2022 foram 18.139 óbitos, uma estimativa de 11,71 a cada 100 mil mulheres. Essa taxa tem diminuído nos últimos anos, devido aos avanços no diagnóstico e no tratamento da doença.

A cada 7 minutos, uma mulher recebe o diagnóstico de câncer de mama no Brasil. A incidência mais comum é em mulheres acima dos 50 anos. Porém, a faixa etária abaixo dos 40 anos teve um aumento considerável nos diagnósticos. A média histórica era de 2% e, atualmente, representa de 4% a 5% dos casos.

Diante dessa tendência crescente, é crucial aumentar a conscientização sobre esse tema e sobre a importância dos exames de rotina, mesmo para mulheres mais jovens. A detecção precoce possui um papel vital na eficácia do tratamento e nas chances de recuperação.

Fatores de risco do Câncer de Mama Jovem

O estilo de vida atual, caracterizado pela alimentação inadequada, ter menos filhos e a gestação mais tardia (após os 35 anos) – fatores todos relacionados à correria cotidiana, influencia no aumento dos casos de câncer de mama em jovens.

Já os fatores de alto risco para o câncer de mama são, em sua maioria, não modificáveis, como:

  • Mutação nos genes BRCA1 e BRCA2
  • Síndromes genéticas (como Cowden, Bannayan-Riley Ruvalcaba e Li Fraumeni)
  • Risco maior ou igual a 20% (considerando o histórico familiar de câncer de mama)
  • Irradiação torácica entre 10 e 30 anos (devido a tratamento com radioterapia)
  • Histórico pessoal de câncer de mama ou de doenças proliferativas da mama (lesões precursoras, carcinomas in situ, carcinomas invasores)

Outro fator de risco para mulheres jovens é a alta densidade mamária, o qual pode dificultar a visualização de lesões iniciais.

Rastreamento do Câncer de Mama Jovem

É importante para todas mulheres acima de 30 anos passar por consulta médica e realizar uma avaliação da estimativa do risco de câncer de mama por meio de alguns modelos matemáticos. 

Dessa forma, mulheres jovens com risco aumentado são identificadas e podem se beneficiar de rastreamento diferenciado. 

Confira na tabela abaixo as recomendações do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) de 2023:

Fatores de RiscoMétodos de Rastreamento
Carreadores de mutações genéticas / parentes de primeiro grau ou com forte história familiar (risco  ≥ 20% ao longo da vida)MG digital anual a partir do diagnóstico da mutação ou 10 anos antes da idade do diagnóstico do parente mais jovem (não antes dos 30-35 anos);RM anual  a partir do diagnóstico da mutação ou 10 anos antes da idade do diagnóstico do parente mais jovem (não antes dos 20-30 anos) (US como alternativa).
História pessoal de radioterapia torácica antes dos 30 anosMG digital anual a partir do oitavo ano após o tratamento (não antes dos 30 anos);Ressonância Magnética anual iniciando no 8º ano após o tratamento (não antes dos 25 anos) (US como alternativa).
Histórico pessoal de tratamento de  câncer de mamaMulheres tratadas com cirurgia conservadora devem realizar MG anual, com início no mínimo seis meses após o término da radioterapia;Mulheres tratadas com mastectomia, devem realizarMG anual apenas da mama contralateral, com inícioum ano após o término do tratamento;Mulheres submetidas a adenomastectomia podemconsiderar realizar MG em até um ano;RM anual para casos de mamas densas ou diagnóstico antes dos 50 anos (US como alternativa).
Histórico de lesões de alto risco <40 anosMG digital anual a partir dos 4o anos ou a partir do diagnóstico se risco ≥ 20% (não antes dos 30 anos);Considerar US como adjunta à mamografia;Considerar RM anual a partir do diagnóstico se risco ≥ 20% (não antes dos 25 anos) (US como alternativa);
Mamas densasMG digital anual a partir dos 40 anos; Considerar US anual como adjunta à MG;Considerar RM bienal como adjunta à mamografia nas mamas extremamente densas.
*MG= mamografia; US= ultrassonografia; RM= ressonância magnética.

Recomenda-se, sempre que houver disponibilidade, realizar a tomossíntese mamária. A tomossíntese, também conhecida como Mamografia 3D, possibilita a captação de imagens da mama em diversos ângulos e permite a reconstrução tridimensional da imagem no computador, resultando em um diagnóstico ainda mais preciso.

Importante também ressaltar que a Ultrassonografia pode substituir a Ressonância Magnética das mamas em casos de contraindicações.

*Na Aura, temos um protocolo específico para o rastreamento em pacientes que possuem a Síndrome de Li-Fraumeni, condição rara e hereditária que aumenta em 85% a predisposição para o câncer de mama antes dos 40 anos.

Desafios do Diagnóstico do Câncer de Mama Jovem

A falta de ações de rastreamento e a dificuldade na interpretação de resultados mamográficos, devido à alta densidade mamária, podem levar a diagnósticos mais avançados em mulheres jovens. A percepção equivocada de baixo risco também contribui para esse cenário.

Logo, o diagnóstico do Câncer de Mama Jovem apresenta alguns desafios:

  • Diagnóstico tardio: mulheres jovens têm uma tendência a serem diagnosticadas em estágios mais avançados da doença, muitas vezes devido à falta de suspeitas e atrasos na busca por atendimento médico.
  • Impacto na fertilidade: o tratamento do câncer de mama pode afetar a fertilidade, tornando a preservação da fertilidade uma preocupação crucial para mulheres jovens que ainda desejam ter filhos.
  • Efeitos psicológicos e emocionais: o diagnóstico de câncer pode ser especialmente desafiador em termos emocionais, causando ansiedade, depressão e um impacto significativo na qualidade de vida.
  • Mudanças corporais: a cirurgia de mama e a perda de cabelo devido à quimioterapia são aspectos que afetam a autoimagem e a autoestima.
  • Impacto nas relações interpessoais: o câncer de mama pode afetar relacionamentos sociais, familiares, de amizade e românticos, muitas vezes exigindo um apoio adicional para ajudar a enfrentar os desafios físicos e emocionais na luta contra o câncer de mama.

Ao abordar esses desafios, é importante destacar que cada pessoa e cada caso são únicos, e as necessidades e experiências podem variar. O suporte adequado, informações precisas e uma rede de apoio forte são fundamentais para ajudar mulheres jovens a enfrentar o câncer de mama e continuar a viver uma vida plena e saudável.

Preciso fazer Biópsia?

A necessidade da biópsia mamária deve ser avaliada individualmente para cada caso. Do mesmo modo, a técnica escolhida, que pode ser a Mamotomia, a Core Biópsia ou a PAAF (Punção Aspirativa por Agulha Fina).

Onde fazer exames de imagem da mama em Goiânia?

A escolha de onde realizar exames de imagem para rastreamento, diagnóstico ou para acompanhar o tratamento do câncer de mama é uma decisão importante e deve ser baseada em vários fatores.

Na Aura Diagnósticos, temos o compromisso de oferecer o que há de melhor em inteligência diagnóstica para a saúde da mulher. 

Confira os motivos para você escolher a Aura Diagnósticos para fazer seus exames:

  • Equipe especializada: conte com uma equipe de radiologistas mamários para garantir um diagnóstico preciso e humano.
  • Equipamentos de última geração: contamos com tecnologia de ponta e os melhores recursos disponíveis para garantir acurácia nos resultados.
  • Espaço Aura Mulher: um ambiente planejado exclusivamente para você cuidar da sua saúde com conforto e segurança.
  • Atendimento humanizado e multidisciplinar: proporcionamos um atendimento acolhedor e em conjunto com os seus médicos para garantir o melhor plano de cuidados.
  • Localização estratégica: a Aura está localizada na Av. Goiás, 1000 no Setor Central em Goiânia – endereço de fácil acesso e com estacionamento gratuito para mais comodidade e conveniência.
  • Aceitamos convênios: confira aqui nossa rede conveniada.

Conte com a Aura para realizar todos os seus exames de imagem em um só lugar em Goiânia. Aqui tem:

  • Mamografia digital;
  • Tomossíntese mamária;
  • Ressonância magnética das mamas;
  • Ultrassonografia mamária;
  • Biópsias da mama; e 
  • outros exames de imagem.

Agende seus exames hoje mesmo e cuide da sua saúde com tranquilidade.

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Conteúdo criado com base nas seguintes referências:

  1. Buzaid, A. C., Maluf, F. C., & Gagliato, D. M. (2022). Vencer o câncer de mama: evitar, tratar, curar. Editora Manole.
  2. Franzoi MA, Rosa DD, Zaffaroni F, et al. Advanced stage at diagnosis and worse clinicopathologic features in young women with breast cancer in Brazil: a subanalysis of the AMAZONA III study (GBECAM 0115). J Glob Oncol. 2019;5:1–10.
  3. Urban LABD, Chala LF, Paula IB, Bauab SP, Schaefer MB, Oliveira ALK, Shimizu C, Oliveira TMG, Moraes PC, Miranda BMM, Aduan FE, Rego SJF, Canella EO, Couto HL, Badan GM, Francisco JLE, Moraes TP, Jakubiak RR, Peixoto JE. Recomendações do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia para o rastreamento do câncer de mama no Brasil. Radiol Bras. 2023 Jul/Ago;56(4):207–214.
  4. https://auradiagnosticos.com.br/2022/10/06/outubro-rosa-2/
  5. https://www.sbmastologia.com.br/incidencia-de-mulheres-com-cancer-de-mama-com-menos-de-35-anos-esta-entre-4-e-5-dos-casos/
  6. https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/diretrizes_deteccaoprecoce_cmpdf
  7. https://blog.mendelics.com.br/sindrome-de-li-fraumeni-conheca-a-doenca/
  8. https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/campanhas/2023/outubro-rosa

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