A doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19) tornou-se cada vez mais prevalente em todo o mundo, atingindo o estágio pandêmico em março de 2020.
O uso dos exames radiográficos convencionais e de tomografia computadorizada do tórax em pacientes portadores ou com suspeita da infecção está bem normatizado por organismos internacionais.
Vamos entender como se dá esse diagnóstico através dos exames de imagem?
Indicações da Tomografia Computadorizada nos casos de Covid-19
A tomografia computadorizada de alta resolução do tórax não deve ser usada, isoladamente, para diagnóstico de COVID-19, nem tampouco deve ser realizada para rastreamento da doença. Para se definir um diagnóstico de COVID-19 é preciso estar pautado nas informações clínico-epidemiológicas + exames RT-PCR e/ou sorologia. O exame de tomografia pode ser auxiliar nesta definição diagnóstica, porém precisa ser cuidadosamente correlacionado com os dados clínicos e laboratoriais.
A tomografia computadorizada pode ser realizada segundo os seguintes parâmetros:
- Pacientes com quadro clínico e laboratorial de suspeição da doença, principalmente naqueles com quadro clínico mais grave.
- A tomografia computadorizada do tórax NÃO deve ser realizada para rastreamento da doença, mas nos pacientes hospitalizados sintomáticos com radiografias normais ou com achados indeterminados.
- Os exames de imagem estão indicados na avaliação de complicações e pesquisa de diagnóstico alternativo.
Protocolo da exame para diagnóstico da Covid-19
Quando indicado, o protocolo é uma tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR), preferencialmente com protocolo de baixa dose. O uso de meio de contraste endovenoso não está indicado, devendo ser reservado para situações específicas, após avaliação do médico radiologista.
Achados de imagem
Várias publicações recentes descreveram características de imagem de tomografia computadorizada do COVID-19, a evolução dessas características ao longo do tempo e o desempenho dos radiologistas na distinção de COVID-19 de outras infecções virais. Esses estudos mostraram que o COVID-19 frequentemente produz opacidades em vidro fosco periféricas, nodulares ou semelhantes a massa que são frequentemente bilaterais e multilobares. No entanto, achados de imagem adicionais também foram relatados, incluindo opacidades lineares, curvilíneas ou perilobulares, consolidações e opacidades em vidro fosco difusas, que podem imitar outras patologias, incluindo outras infecções, exposições inalatórias e toxicidades de drogas.
A inclusão de “COVID-19” em um laudo radiológico pode desencadear uma cascata de eventos, incluindo medidas de controle de infecção e ansiedade tanto para o profissional de saúde quanto para o paciente. Dessa forma, é sempre importante relembrar que os achados de imagem da tomografia podem se sobrepor significativamente a outras causas de lesão pulmonar aguda e pneumonia em organização.
A linguagem de relatórios COVID-19 padronizada melhora a comunicação com os médicos solicitantes e tem o potencial de aumentar a eficiência e auxiliar no manejo de pacientes durante esta pandemia.
Os achados tomográficos persistem por dias, até meses, após a melhora clínica, não devendo ser óbice a alta de pacientes clinicamente recuperados. Não há recomendação de exames de imagem seriados nem de realização de exames de imagem para definição de alta hospitalar ou controle em pacientes com boa evolução clínica. A tomografia computadorizada do tórax pode ser realizada no controle evolutivo de pacientes que apresentarem deterioração do quadro clínico ou novos sintomas respiratórios após a resolução da doença.
Outros métodos de imagem: Ultrassonografia de tórax à beira do leito para COVID-19
A ultrassonografia torácica extracardíaca é um método comprovado para identificação de edema e consolidação pulmonar, derrame pleural e pneumotórax. É particularmente útil na avaliação de pacientes em ambiente de terapia intensiva e semi-intensiva, trauma e situações de urgência e emergência, porém NÃO SUBSTITUINDO a tomografia computadorizada de alta resolução nestes pacientes. Embora mais estudos sejam necessários para confirmar o papel do ultrassom, ele pode se revelar útil no acompanhamento de pacientes com COVID-19, graves, à beira do leito, como já usado em outras causas de síndrome respiratória aguda.
Saiba onde você pode fazer seus exames de imagem com conforto e segurança.
A melhor maneira de combater o Covid-19 continua sendo manter o distanciamento social, fazer uso de máscara e a higienização das mãos.
Aqui na Aura, sabemos como é importante manter esses cuidados. Por isso, focamos em um cuidado inteligente e humano. Estamos dispostos a te ajudar a cuidar da sua saúde.
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Conteúdo criado com base nas seguintes referências:
- https://pubs.rsna.org/doi/full/10.1148/ryct.2020200152
- https://cbr.org.br/wp-content/uploads/2020/06/Recomendacoes-de-uso-de-metodos-de-imagem-para-pacientes-suspeitos-de-infeccao-pelo-COVID19_v3.pdf
- https://cbr.org.br/wp-content/uploads/2020/03/Interpretac%CC%A7a%CC%83o-dos-achados-de-imagem_21_03_20.pdf