Você sabe o que é o Outubro Rosa?
Primeiramente, o Outubro Rosa é um movimento internacional, que ocorre anualmente em todo o mês de outubro, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama.
Na maior parte dos casos, o câncer de mama pode ser detectado ainda em fases iniciais. Para isso, é importante fazer um acompanhamento periódico com consultas com o médico da sua confiança e mamografia anual.
Então, neste artigo, você vai entender mais sobre os sinais e sintomas do câncer de mama, sobre a etapa de diagnóstico e como prevenir a doença. Vamos lá!
Sobre o câncer de mama
O câncer de mama continua sendo o câncer não-cutâneo mais comum, a segunda principal causa de mortes por câncer e a principal causa de morte prematura em mulheres nos Estados Unidos.
Sendo assim, confira os dados brasileiros, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA):
Incidência estimada conforme a localização primária do tumor e sexo:
Em mulheres, Brasil, 2020:
| Localização Primária | Casos Novos | % |
| Mama feminina | 66.280 | 29,7 |
| Cólon e Reto | 20.470 | 9,2 |
| Colo do útero | 16.710 | 7,5 |
| Traqueia, Brônquio e Pulmão | 12.440 | 5,6 |
| Glândula Tireoide | 11.950 | 5,4 |
| Estômago | 7.870 | 3,5 |
| Ovário | 6.650 | 3,0 |
| Corpo do útero | 6.540 | 2,9 |
| Linfoma não-Hodgkin | 5.450 | 2,4 |
| Sistema Nervoso Central | 5.230 | 2,3 |
| Todas as Neoplasias, exceto pele não melanoma | 223.110 | 100,0 |
| Todas as Neoplasias | 316.280 |
Existem sinais de alerta para o câncer de mama?
Sim, existem alguns sinais de alerta para o câncer de mama, sendo os principais:
- Nódulo palpável: embora, em sua maioria, as lesões mamárias palpáveis sejam benignas, esse é o sintoma mais comum relatado por pacientes que apresentam câncer de mama. O câncer de mama típico apresenta-se rígido, com bordas pouco delimitadas e pode estar aderido à pele ou aos planos profundos;
- Inversão do mamilo: a inversão do mamilo relacionada ao câncer tende a ser assimétrica e distorcer a aréola;
- Assimetria volumétrica das mamas: pode estar relacionada a lesões malignas, tanto pelo crescimento exagerado de um tumor, promovendo aumento daquela mama, como também pela redução;
- Secreção dos mamilos: a secreção espontânea, de um lado da mama, de um único ducto, com ponto de gatilho perceptível, de aspecto sanguinolento, serossanguinolento ou translúcido é caracterizada como patológica, merecendo atenção especial;
- Dor nas mamas ou mastalgia: é o sintoma mamário mais comum que leva mulheres ao consultório médico, mas raramente está relacionado ao câncer de mama.
Embora a maioria dos sintomas mamários estejam relacionados a doenças benignas, toda mulher que se apresente com alguma queixa nas mamas merece um exame médico minucioso e eventualmente solicitação de exames de imagem, garantindo um diagnóstico correto.
A importância da mamografia
O rastreamento do câncer de mama por meio da mamografia tem se mostrado eficaz na redução das mortes por câncer de mama em mulheres com 40 anos ou mais. Como resultado, uma redução de mortalidade de 40% é possível com o rastreamento regular.
Conforme as recomendações do American College of Radiology (ACR) e da Society of Breast Imaging (SBI), a mamografia deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos, proporcionando maior redução de mortalidade, diagnóstico em estágio inicial, melhores opções cirúrgicas e quimioterapia mais eficaz.
Mulheres rastreadas em seus 40 anos são mais propensas a ter doença em estágio inicial, linfonodos negativos e tumores menores do que mulheres não rastreadas. Por outro lado, atrasar o rastreamento até os 45 ou 50 anos de idade resultará em uma perda desnecessária de vidas para o câncer de mama.
O rastreamento deve continuar após os 75 anos, sem um limite máximo de idade, a menos que comorbidades graves limitem a expectativa de vida.
Dessa forma, os benefícios do rastreamento devem ser considerados juntamente com as possibilidades de reconvocação para exames de imagem adicionais, biópsia e os riscos menos tangíveis de ansiedade e sobrediagnóstico.
História: como surgiu o Outubro Rosa?
O Outubro Rosa começou na década de 90 nos Estados Unidos, com apenas alguns estados americanos fazendo movimentos isoladas sobre o tema.
Portanto, após a campanha ser aprovada pelo Congresso Americano, o mês de outubro passou a ser reconhecido nacionalmente como o mês da prevenção contra o câncer de mama.
O laço rosa, símbolo dessa luta, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, durante a primeira Corrida pela Cura em 1990, na cidade de Nova York. Na época, os corredores receberam o laço rosa para usarem durante a corrida. Depois disso, ele passou a ser distribuído em locais públicos, desfiles de moda e em outros eventos.
A ação de iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes e teatros surgiu posteriormente. Entretanto, não há uma informação oficial de como, quando e onde foi efetuada a primeira iluminação.
Outubro Rosa no Brasil
No Brasil, o primeiro sinal do envolvimento com a campanha se deu em outubro de 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado com luzes cor de rosa.
Em 2008, a movimentação ganhou força em várias cidades brasileiras que abraçaram o Outubro Rosa, fazendo campanhas, promovendo corridas e, assim como no resto do mundo, iluminando os principais monumentos com a cor rosa durante a noite.
Fonte: http://www.outubrorosa.org.br/historia.htm
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Conteúdo criado com base nas seguintes referências:
- https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer
- https://www.komen.org
- http://www.outubrorosa.org.br
- Monticciolo D, Malak S, Friedewald S, Eby P, Newell M, Moy L et al. Breast Cancer Screening Recommendations Inclusive of All Women at Average Risk: Update from the ACR and Society of Breast Imaging. Journal of the American College of Radiology. 2021;18(9):1280-1288.
- Livro Série CBR – Mama, Urban, Linei Augusta Brolini Delle, 1ª edição, 2018.
